Oleaginosas: Algum benefício para a gordura do fígado?

As oleaginosas (castanha-do-pará, castanha de caju, nozes, amêndoas, amendoim, avelã, macadâmia) são alimentos presentes na composição da dieta mediterrânea, que têm sido indicadas para doença hepática gordurosa metabólica (DHGM).

Esses alimentos são ricos em fibras e em ácidos graxos mono e polinsaturados (gorduras boas), que ajudam a reduzir a resistência à insulina e o colesterol sérico, e contêm antioxidantes que reduzem o estresse oxidativo e a inflamação.

Uma coorte chinesa com 23.915 participantes, foi avaliada através de questionários alimentares durante o mês anterior, em termos de tamanho da porção e a frequência semanal de ingestão de oleaginosas com associação com a gordura do fígado, analisada por ultrassom de abdome.

Foi observado neste estudo, após ajuste de fatores confundidores, que os indivíduos com ingestão acima de 4 vezes na semana de oleaginosas apresentavam menor prevalência de gordura no fígado em relação aos indivíduos com ingestão < 1 vez na semana.

A conclusão desse estudo é que o consumo frequente de oleaginosas associou a uma menor prevalência de gordura no fígado e foi independente do estilo de vida e fatores dietéticos, bem como outros fatores de risco relacionados à DHGM.

Mas atenção as oleaginosas são alimentos calóricos, o consumo recomendado na dieta mediterrânea é de 25 a 30 gramas/dia, e outra preocupação é aquisição desses alimentos, sempre verificar a procedência, o selo de qualidade da ABICAB nas embalagens, é uma maior segurança, devido o risco de contaminação com aflotoxinas (substância tóxica produzida por alguns tipos de fungos, que associa com o câncer de fígado).

 

Fontes:
doi: 10.3390/nu12113363.
doi: 10.1111/liv.14164.
doi: 10.1093/jn/nxab253

Comments are closed.