Dormir com televisão ligada é fator de risco para obesidade?

Estudo SISTER, realizado com 43.722 mulheres de 50 estados americanos e de Porto Rico, através de dados obtidos por questionários e dados antropométricos (índice de massa corporal, circunferência da cintura, relação cintura e quadril e cintura e altura) obtidos no baseline e após 5 anos de seguimento, observou que as mulheres que dormiam com luz ou com televisão ligada no quarto, houve um aumento de 17% de risco de ganho de 5 quilos, quando comparado com as mulheres que dormiam no quarto escuro.

A luz artificial, principalmente a luz azul de eletrônicos (TV, smartfones, computadores), interferem com a produção de melatonina.

A melatonina é um hormônio produzido pela glândula pineal, que possui ciclo circadiano, sincronizado com ciclo luz/escuro, sendo que 80% da produção ocorre no período noturno.

Este hormônio contribui para a homeostase energética e corporal, regulação de massa magra, e é conhecido por ajudar a prevenir um aumento do percentual de gordura corporal com a idade. Esses efeitos são mediados por receptores MT2 no tecido adiposo o que pode afetar indiretamente a secreção de leptina (hormônio da saciedade, produzido por adipócitos) e levar à doença hepática gordurosa metabólica.

O sono faz parte de um dos pilares da medicina do estilo de vida. A duração do sono maior que 6 horas, mas principalmente uma boa qualidade do sono, tem sido associado a menor risco de obesidade, síndrome metabólica e gordura no fígado.
Fique atento à sua saúde, a saúde do seu fígado.

Fontes:
Park M Yong-Moon et al. Jama Intern Med 2019
Ji Y et al. Exp Ver Gastroenterol Hepatol 2019

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