Você já ouviu falar que o jejum intermitente pode ser uma solução para eliminar a gordura no fígado? Essa é uma ideia que vem ganhando popularidade, mas será que é verdadeira? A resposta é: Existem poucas evidências científicas suficientes para afirmar isso.
O jejum intermitente é uma prática alimentar que consiste em alternar períodos de jejum com períodos de alimentação normal. Existem vários protocolos de jejum intermitente, mas o mais comum é o 16/8, que significa ficar 16 horas sem comer (A partir de 20:00 h até 12:00 h) e ter uma janela de 8 horas para se alimentar (Do meio- dia até 20:00 h). O jejum intermitente pode trazer alguns benefícios para a saúde, como regular os níveis de colesterol, LDL e triglicerídeos, diminuir a resistência insulínica e ajudar a emagrecer.
No entanto, ele não é uma solução para todos os problemas, e existem poucos dados sobre o impacto na doença hepática gordurosa.
Além disso o jejum intermitente não está indicado para crianças e idosos, gestantes, nutrizes, diabetes melitus tipo 1 e na cirrose hepática.
A gordura no fígado, também chamada de esteatose hepática, é uma condição que afeta cerca de 25% da população mundial e está relacionada a fatores como obesidade, diabetes, consumo excessivo de álcool e alimentação rica em açúcar e gordura. A gordura no fígado pode causar inflamação, fibrose e cirrose, comprometendo a função hepática e aumentando o risco de complicações graves.
Para tratar a gordura no fígado, não basta apenas fazer jejum intermitente. É preciso mudar os hábitos alimentares de forma permanente, dando preferência a alimentos frescos e naturais, ricos em fibras, vitaminas e antioxidantes, e evitando alimentos processados e industrializados, ricos em açúcar e gordura.
➡Além disso, é fundamental praticar atividade física regularmente, evitar o consumo de álcool e outras substâncias tóxicas para o fígado e seguir as orientações médicas.
DOI: 103390/nu14214655
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