A Elastografia hepática transitória (Fibroscan®) é um método diagnóstico validado mundialmente, não invasivo, indolor, sem risco de complicações, realizado em consultório médico, importante para detecção de diferentes graus de fibrose, cirrose e esteatose hepática (gordura do fígado), que pode substituir a biópsia hepática em diversas situações clínicas. O exame permite uma avaliação de uma área do fígado 100 vezes maior do que um fragmento obtido por biópsia hepática.

 

O exame é útil para avaliação de quais doenças hepáticas?

 É um exame importante para estadiamento da fibrose (cicatrizes) do fígado decorrente de determinadas doenças como: hepatite C e hepatite B crônica, hepatite autoimune, colangite biliar primária e colangite esclerosante primária.

É utilizado também na avaliação de doença hepática alcoólica, doença gordurosa do fígado (esteatose hepática).

Pode ser utilizado para estadiamento da fibrose hepática decorrente de hepatite C, doença gordurosa do fígado, entre outras doenças que podem ocorrer no fígado após o transplante hepático.

Possui ação promissora na predição de algumas complicações relacionadas à cirrose hepática como presença de varizes esofágicas e predição de risco de câncer de fígado.

Como é feito o exame?

O procedimento é feito após jejum de 2 a 3 horas. Não é necessário sedação e acompanhante para fazer o exame.

Não é necessário retirar nenhuma peça de roupa para realizar o exame, mas teremos de expor o lado direito do abdome. Assim, não é sugerido que mulheres usem vestido no dia do exame.

Deita-se em uma maca, com o abdome para cima, com o braço direito erguido e posicionado atrás da cabeça. O médico aplica um gel aquoso e encosta o probe do aparelho com uma leve pressão na pele, no lado direito do abdome, na região do fígado.  É emitido uma onda vibratória indolor pelo probe, cuja velocidade de propagação pelo fígado é acompanhada por um pulso de ultrassom, que serve para medir a rigidez hepática e desta forma avaliar os diferentes graus de fibrose do fígado e a detecção de cirrose.

O aparelho também possui um programa para detecção e quantificação de esteatose hepática, chamado CAP (Parâmetro de Atenuação Controlada). Este método é capaz de detectar níveis muito baixo de esteatose (gordura do fígado), como de 5%, tendo uma sensibilidade maior que o exame de ultrassom de abdome que detecta a esteatose quando a infiltração de gordura no fígado encontra-se acima de 30%.

É importante levar os exames complementares disponíveis como exames de sangue, ultrassom e endoscopia digestiva alta.

O exame é rápido, costuma durar menos de 10 minutos.

O resultado é entregue ao final do exame, e seu médico o interpretará em conjunto com os demais dados sobre sua doença.

 

Referência: EASL Clinical Practice Guidelines on non-invasive tests for evaluation of liver disease severity and prognosis – 2021 update. EASL, Journal of hepatology 2021.

 Elastografia hepática: guia prático. 1° edição- SP: CRT DST/AIDS 2020

 

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